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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ludwig Von Mises,1881-1973. MEU IDOLO!

Ludwig Von Mises, 1881 – 1973. MEU ÍDOLO!

Mises escreveu sobre política e, ao mesmo tempo, enviou mensagem subliminar para os controladores e administradores de empresas com seus grupos repartidos ou, departamentalizados.

“… Em sua visão, antigamente os participantes do sistema político partiam do pressuposto de que os cidadãos concordavam quanto à meta final da política, que é aumentar o bem-estar da nação.
A luta partidária era totalmente legítima, porque há naturalmente discordância de opiniões quanto à forma de se alcançar esse fim.
Partidos políticos são, dessa forma, uma reunião de pessoas com ideias semelhantes.
Entretanto, o que temos hoje não são partidos políticos, e sim grupos de pressão tentando obter ganhos para si à custa dos outros.
O declínio atual da política é parecido com aquele enfrentado no Império Romano, onde a economia ruiu quando passaram a predominar as ideias intervencionistas, socialistas e inflacionárias.
A solução, segundo Mises, é a disputa de ideias, a tentativa de substituir as ideias ruins (e antigas, já refutadas em diversas ocasiões) pelas boas (que encontram resistências de grupos de pressão)…”

Numa empresa — repartida ou departamentalizada — se os líderes e comunicadores dos respectivos partidos se sentem como adversários o efeito do inter-relacionamento será outra coisa, diversa da de um grupo de trabalho orientado para o resultado global do negócio.

Robert Michels, em seu livro publicado em 1911, Sociologia dos Partidos Políticos, diz que por mais democráticos sejam esses partidos, eles sempre se tornam oligárquicos, esses partidos estão sempre sociologicamente ligados a uma ideologia, nem sempre essa ideologia é pragmática e/ou sociologicamente praticável ou viável, pois, muitas vezes carece de ambiente para seu desenvolvimento, o que demonstra segundo Lauro Campos, que os chamados Líderes partidários não se sintonizam perfeitamente com o povo e como que, como diz: tentam governar de costas para o povo e suas necessidades…”.

Na atualidade e infelizmente, “nos grupos de pressão”, apesar da existência de diversos meios de conseguir informações e conhecimentos, seus membros, a maioria, não estão afeitos a comunicar e agir de forma íntegra, proativa, honesta e voltada para o povo. Pior, também não está apta para cumprir a sua função.

Numa organização empresarial não é diferente.

Tomasi & Medeiros (2007) dizem que muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos funcionários, nem sempre geram mudanças de atitudes, e ainda, causam confusão porque não foram divulgadas da forma adequada.

Outras informações nem sequer chegam aos verdadeiros destinatários (o povo) porque um gestor, às vezes por não ser conveniente a ele, não identificou a essência comunicativa de determinado fato.
O gestor, nesse caso, falhou por entender e concluir de maneira subjetiva. Daí o valor da perfeita sintonização interna numa organização ou instituição.

Comumente os profissionais de cargos mais elevados são os últimos a saber ou, se conhecem a tempo, são informados de algo mais conveniente, adequado, e um pouco distinto da realidade, para que a sua reação seja mais apropriada para os interesses do “grupo” em prejuízo dos interesses do negócio na totalidade.

Assim como na política, realçadas na brasileira, as notícias desagradáveis, no entanto, respondem a preceitos díspares conforme a direção de proliferação. As vindas de baixo são suavizadas. As que saem da cúpula são exageradas… grupos de pressão tentando obter frutos para si à custa dos outros.

Apesar de tudo, o resultado está ótimo? …. Que tal perguntar:

O quanto poderia estar melhor se os grupos fossem conduzidos por líderes matriculados e comprometidos honestamente com os objetivos, metas, padrões, necessidades, valores e coesão do empreendimento?

Temos claras evidencias de que os criadores e controladores da AB InBev, que tem entre seus sócios os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, não se reúnem apenas para festejar os bons resultados que são comuns em suas empresas, e sim também para debater as razões dos resultados não terem sido melhores e como preparar melhor ainda o grupo de trabalho. Diferentemente dos partidos políticos e de algumas outras organizações, esses investidores e homens de negócios começam a formar seus dirigentes, os líderes do futuro, já na contratação. Contratam aqueles dentre os melhores e começam a preparar e educa-los desde o início como treinees (estagiários).

Existe uma anedota que diz sobre dois dirigentes que discutem sobre investir em treinar e preparar os empregados ou não e um deles defende que não adianta investir nisso porque depois de treinados e preparados eles se vão para outras empresas, enquanto o outro apenas pergunta: e se não treinar e preparar esses funcionários e eles ficarem?

Olhe só: entre votar em um candidato político ou contratar bem um funcionário para a sua empresa de modo a levar o país ou a organização adiante, qual a diferença para quem quer fazer a diferença?


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