NÃO É SIMPLES DE SER
PERCEBIDO NOS INDIVIDUOS.
Para quem contratar,
demite, coexiste, se reporta e, etc.
Não imagina o tudo quanto
se esconde (não é manifesto normalmente) em cada pessoa.
Muito comum é topar com os
que sofrem de obsessão, os neuróticos compulsivos.
Esses indivíduos são até
queridos por alguns dirigentes.
Trabalham por alongadas horas
além do expediente, acompanham cada pormenor e formam elevados padrões para si
mesmo os quais comumente não são cumpridos, pois, arranjam os eventos de forma
a ficarem mais fáceis para eles.
São obsessivos, compulsivos com detalhes sem importância. Seja contando clips, ou contabilizando cada minuto dos seus dias.
Eles são pontuais mesmo
quando não vai a lugar nenhum!
Eles florescem dentro da
‘burocracia’ e muitas vezes se tornam o seu chefe! Ai as obsessões e neuroses
deles se tornam as suas igualmente.
Encontra-se ainda no ‘mundo
corporativo’ os “incompetentes estratégicos”.
Agem mais às suas próprias
conveniências que às de outros, um perigo!
São Indivíduos que, de
repente, se tornam incompetentes ao ponto de não saberem mexer numa máquina de
fazer café e muito menos na copiadora, atrasando todo o sistema.
Dizem, com muita
propriedade serem inábeis para lidar com os clientes pequenos e são aptos a
passá-los para você.
Estão sempre ‘presentes’
para o líquido e certo e ‘ausentes’ quando seriam realmente necessários.
Para citar rapidamente
apenas mais um dos nossos desafios diários ao tratar com o se humano, podemos
nos referir aos “incompetentes bem articulados” (em regra, inseridos também nos
diferentes “inoportunos”).
Seu maior talento é o de
arrumar emprego e a sua segunda grande aptidão é o de fazer ‘brincadeiras’
inocentes. Raramente são descobertos, até ser tarde demais.
Devido a esses e outros
‘desafios’ é que eu conto que coexistir é uma arte; contratar então é provocar
a natureza; às vezes da certo e quando tal fato acontece assumimos como efeito
‘da nossa competência’ e não é bem isso; diria até que é resultado de muita
sorte ou, quem sabe, ‘proteção divina’. A natureza humana é mais complexa, se
não complicada, do que se imagina.
Paulo Ferreira da Cunha da
Universidade do Minho – Universidade Portucalense diz o seguinte: “Um dos
problemas mais complexos e mais importantes da Filosofia, hoje e sempre, e dos
que têm mais consequências na nossa vida pessoal e social, é a questão de saber
se existe uma natureza humana.
Tal não significa,
evidentemente, que esta questão se encontre sequer na agenda ou ordem do dia
das discussões da moda. Pelo contrário. Discutir séria e abertamente,
radicalmente, se há uma natureza humana pressupõe como é lógico, a prévia
disponibilidade para vir a admitir a hipótese de que tal coisa existiria (ou a
sua contrária). Ora o pensamento único, hoje avassalador, já decidiu, com a sua
petulante tirania do espírito, armado do seu desprezo suficiente e da sua ácida
e fulminante ironia de intelectual, que não existe nada de natural, e muito
menos a natureza humana. “Que é isso de natureza?”“- Que é isso de Homem?” Só
quando quer aniquilar as instituições e outros artefatos culturais que ainda
vão segurando o dique da anomia social, ou cede ao romântico apelo ecologista
ou afim, o filosoficamente correto apela para o tópico ‘natureza’.”. (…) “Se
não há uma natureza humana parecerá a alguns que será preciso pressupô-la.
Ainda que inventada, é de algum modo produto da nossa natureza: pelo menos da
nossa tendência para nos refletir-nos e para de nós fazermos uma ideia,
pressuposto imediato de uma ideia de justiça. A natureza humana pode ser
criação mental do Homem. Mas por isso terá de ser só falsa consciência, só
ideologia? Não poderá ser um sistema de valores, tornados natureza? E não é
isso uma magnífica criação do que, sendo claramente cultura, está em potência
na natureza desse único bicho que sabe falar, e que quer falar sobre a Justiça?
Ou será que esta natureza, assim inventada, pode até ser antinatural?) (…).
Os exemplos de indivíduos
censuráveis, ‘expertos em enganar’ e ‘oportunistas’ são infinitos. Alguém fez
uma estimativa sobre o aumento do número desse contorno e concluiu que esse
conjunto de indivíduos vem crescendo em progressão geométrica enquanto a
população aumenta em progressão aritmética.
Isso leva-me a concluir que
toda a cautela e ‘ferramentas’ disponíveis é pouco na ‘arte e no desafio
diário’ de contratar, liderar, coexistir, ser liderado e, principalmente
‘tentar’ avaliar (julgar, pressupor) o indivíduo.
Uma frase de Albert
Einstein clarifica bem um dos produtos (o homem) que Deus criou: “Duas coisas
são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao
universo, ainda não adquiri a certeza absoluta”.
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