ACREDITAR E AGIR
O texto que transcrevo abaixo já é bastante conhecido.
Alguns o atribuem ao padre Eliezer e outros a autor desconhecido. Pesquisei um
pouco e o autor desconhecido venceu, por enquanto; quem sabe ele ainda aparece
para que eu possa lhe dar os créditos e as minhas felicitações, pois se trata
de um texto simpático e que nos ajuda a compreender de forma bastante fácil
sobre coordenação; coordenação no sentido físico mesmo. Digo isto porque
existem coordenadores (lideres, diretores, gerentes, etc.) que tem a
responsabilidade de dirigir e coordenar, e sabem que precisam acreditar e agir,
contudo, lhes falta a coordenação motora, não conseguem fazer duas coisas ou
mais ao mesmo tempo. Ficam de um lado a outro girando em volta de si mesmos e
acabam deixando, além deles, todo mundo aturdido e confuso.
Ao texto:
Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de
águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era
seu destino. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no
horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo,
oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria
realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou
detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os
pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos
remos estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”.
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles
nomes originais dados aos remos. O barqueiro pegou o remo, no qual estava
escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas
sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito
agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir
adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos,
movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados,
navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem. Então o
barqueiro disse ao viajante:
Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a
meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e
alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo
tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.
E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que
se propôs?
E, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não
estão corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas essas precauções sigam em frente e boa
viagem.